segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Critica sim, mas não em coro e à colherada...


Um colega, hoje, criou um questionário no facebook com a pergunta: Está satisfeito com os trabalhos desenvolvidos pelos Sindicatos da Polícia de Segurança Pública?

A primeira reacção a este assunto é de agrado, nem que seja unicamente para deixarmos marcada a nossa revolta, contra o País e o Mundo. Tudo está mal!
No actual contexto em que vivemos e com as poucas armas sindicais ao dispor, até eu, que até poderia ser considerado tendencioso, sei desde já qual vai ser o resultado. NADA SATISFEITO e esta porque não é disponibilizada uma resposta ainda mais negativa. Claro que num questionário com objectivos qualitativos a pergunta seguinte seria “explique”. Mas essa parte já pouco interesse tem.

O País do Fado e das amarguras...

Nós todos, Portugueses, há pouco mais de 30 anos deixamos uma época de miséria, mas de solidariedade e de compreensão, para passarmos a julgar, sempre pela negativa, aqueles que estão, sempre, ao nosso lado.

A inteligência vê-se no conteúdo da critica e não na critica da onda.

Uns porque criticar de forma atabalhoada é estar na onda, outros porque fica sempre melhor dizer mal do que bem e conquista automaticam

ente adeptos, como se o estatuto do dizer mal fosse superior ao da critica com conhecimento, com conteúdo ou com principio de construir. Mas ainda existem aqueles que por inveja, sabe-se lá do quê, sem conhecimento nenhum conseguem desenfreadamente tecer as criticas mais estapafúrdias que se poderiam imaginar numa polícia com um nível de formação já acima da média.

A melhor critica é fazer melhor que os outros


Na verdade habituámo-nos a olhar sempre para o que os outros fazem e esquecemo-nos de quantificar o tempo que perdemos a avaliá-los.

Desconfiados de tudo e todos...esperem lá... menos do Clube de futebol do coração.

No que diz respeito ao optimismo os Portugueses ainda estão longe de sair do armário. Alguém acredita na Justiça? Nos Políticos? Nos Médicos (nestes só mesmo por necessidade e durante o tratamento)? Nas empresas e empresários? Nos professores? Nos Advogados? Não, mas pior ainda é que os avaliamos todos pelo pior prisma, mesmo aqueles que se destacam pela positiva. Mas será que não acreditamos mesmo em nada? Não, acreditamos no Mourinho, no Ronaldo e no futebol em geral, que apesar de não ganharmos, individualmente, nada com o seus sucessos, ainda os promovemos mesmo nos seus desaires. A prova está neste colega que colocou a questão, apesar de ser adepto do Sporting, equipa pouco dada a conquistas nestes últimos anos, não desarma, continua a creditar e a lutar com unhas e dentes contra os gloriosos dos infortúnios.

É esta postura que teremos de rever, para o bem da Polícia e dos polícias.
Alguém um dia disse: “Já que não fazem, pelo menos não atrapalhem”.

O Governo não precisa de destruir os sindicatos... nós polícias fazemos isso por eles.

A questão é mesmo essa… Já se questionaram a quem é que o descrédito dos sindicatos aproveita? Já pensaram que quanto mais os polícias fizerem para destruir os sindicatos e a sua credibilidade, menos capacidade e menos peso tem para poder resolver as aspirações ou reivindicações? Os responsáveis pelo actual estado da PSP, como é óbvio agradecem.

"Compre a rifa, ganha sempre"... Um jogo com o resultado definido.

Coloca-se uma questão quando, com a resposta, pretendemos atingir um objectivo, que seja para ajudar a encontrar soluções e não para pintar o que já está em tela.

Apontar o dedo e virar as costas...a solução?

A questão que no meu entender deveria ser colocada e essa poderia ajudar os sindicatos e os sindicalistas a obter respostas: Estamos, nós polícias, disponíveis a colaborar para a melhoria da qualidade do trabalho sindical, contribuindo com participação, propostas e projectos ?

O resultado a esta questão sim, poderia ajudar de facto a perceber o actual contexto interno e a contribuir para a melhoria da acção sindical?

Pensem no sindicato...como um clube de futebol do qual podem tirar dividendos.

Como Polícia e membro de um Sindicato só posso pedir que disponibilizem, a acção, a participação, o empenho e a dedicação que normalmente disponibilizam para o club de futebol que apoiam.