Costumamos ouvir uns e outros, dentro e fora da Instituição PSP, com discursos politicamente correctos, discursos que normalmente são bem recebidos por um lado e pelo outro, o que leva por vezes à incoerência.
Até eu, que sou um Zé de fraca formação e de família humilde, sei que mais tarde ou mais cedo não se consegue estar ao mesmo tempo de bem com Deus e com o Diabo, aqui é só mesmo uma questão de tempo.
Eu que me considero homem de bom senso, compreensivo e exageradamente paciente, fico extremamente consternado quando essas “minhas qualidades” são aproveitadas para tricotar estratégias como se se rodopiasse à volta de um asno.
O facto que me preocupa não é a comparação ao animal, o qual prezo bastante, mas sim o reflexo que a comparação pode vir a ter, até mesmo de um asno.
O pior que pode suceder a uma Instituição é alguém criar um campo de batalha sem intenção de ir batalhar, questionar e não querer resposta, é exigir sem querer que se cumpra, é saber dos problemas e continuar a alimentá-los, é ter a solução nas mãos e escondê-la atrás das costas…
Estes são simplesmente os condimentos necessários para se criar uma bomba relógio, na qual também o tempo é a questão fulcral.
Até eu, que sou um Zé de fraca formação e de família humilde, sei que mais tarde ou mais cedo não se consegue estar ao mesmo tempo de bem com Deus e com o Diabo, aqui é só mesmo uma questão de tempo.
Eu que me considero homem de bom senso, compreensivo e exageradamente paciente, fico extremamente consternado quando essas “minhas qualidades” são aproveitadas para tricotar estratégias como se se rodopiasse à volta de um asno.
O facto que me preocupa não é a comparação ao animal, o qual prezo bastante, mas sim o reflexo que a comparação pode vir a ter, até mesmo de um asno.
O pior que pode suceder a uma Instituição é alguém criar um campo de batalha sem intenção de ir batalhar, questionar e não querer resposta, é exigir sem querer que se cumpra, é saber dos problemas e continuar a alimentá-los, é ter a solução nas mãos e escondê-la atrás das costas…
Estes são simplesmente os condimentos necessários para se criar uma bomba relógio, na qual também o tempo é a questão fulcral.
Criaram-se organizações classistas com objectivos de sacudir os de outro ofício, deu-se esperança, aumentou-se a confiança, mas o teatro parece-me embicar na mensagem de um pequeno mas célebre romance de George Orwell ( “T.P.”).
Nesse romance (uma alegoria), o resultado inicial conquistado através da revolta é a de grandes ideias, intenções e nobres valores, mas pouco tempo depois, termina praticamente como tudo começou.
Os principais actores da revolta acabam por se servir e favorecer os mais fortes, começa por se impor o medo e a opressão que rapidamente se sobrepõem ao bom senso e inteligência, multiplicam-se as cerimónias, estimula-se a ignorância para controlar, ou seja, violam-se todos os princípios a que se tinham proposto.
Apesar de não ser adepto de revoltas, reconheço que só uma revolta pode terminar o resultado da anterior.
Nesse romance (uma alegoria), o resultado inicial conquistado através da revolta é a de grandes ideias, intenções e nobres valores, mas pouco tempo depois, termina praticamente como tudo começou.
Os principais actores da revolta acabam por se servir e favorecer os mais fortes, começa por se impor o medo e a opressão que rapidamente se sobrepõem ao bom senso e inteligência, multiplicam-se as cerimónias, estimula-se a ignorância para controlar, ou seja, violam-se todos os princípios a que se tinham proposto.
Apesar de não ser adepto de revoltas, reconheço que só uma revolta pode terminar o resultado da anterior.
6 comentários:
Não temos que ter medo de tratar os burros pelo nome, e só assim podemos aspirar a que cheguem a cavalos!!!
Continua a fazer o teu trabalho com a mesma dignidade e vontade.
Sem alguma réstia de dúvida houvesse quanto ao saber do caminho e orientação norteada pela tua pessoa, essa mesma esfumar-se-á com a constância dos teus escritos.Reveladores de que actualmente os demais parceiros têm em ti alguém que o sabe o que quer para si e para os que defende.
Bem haja pelo teu trabalho em prol dos teus iguais.
É que na "quinta" tudo estava bem, quando o conceito de igualdade era idêntico para todos os animais, mesmo para os "asnos".Os problemas começaram quando uns quiseram ser mais iguais que outros. Na sociedade, e nas instituições, tudo se passa da mesma forma...
No fundo, na essencia, todos são iguais, mas as tentações e ambições diversas e para muitos desmedidas.Mas os "animais" de princípios nunca desalentam nem perdem o seu estatuto de igualdade...aos asnos resta-lhes apenas a teimosia!
Concordo plenamente com o que afirmaste neste teu artigo. Aguardo para confirmar se, à imagem dos visados pelo mesmo artigo, vais corroborar palavras com actos ou se este texto não passa dum exercício de estilo literário.Uma postura humilde fica bem a qualquer um mas essa nossa postura passiva (subserviente ?) NÃO! O tempo urge, esta legislatura está na recta final, é agora ou nunca...
Caro colega, não quero de forma alguma pôr em causa a nobreza desta tua louvável iniciativa e tenho de reconhecer que a qualidade dos teu textos é notável. Posto isto, coloco a seguinte reflexão: de que serve reflectirmos para dentro assuntos que são do conhecimento de todos e até, em muitos casos, extensíveis a outros sectores da sociedade? É preciso que os actos corroboram as palavras e que "a nossa revolta" surta algum efeito junto de quem de direito. Só deste modo podemos lograr alguma mudança.De reflexão interna estamos nós cansados...
Não sou em teoria contrário à ideia de revolta. Não sei se o que necessítamos se é uma revolta de pensamento, de atitude ou de confrontação. Nem tão pouco tenho a ousadia de me arrogar dono de um conhecimento e de uma solução única. Mas acredito, se o caminho escolhido for o da revolta, só vencerá quem tiver poder adquirido e esse não surge, nem resulta somente da vontade dos comparticipantes, têm então que ser semeado e colhido. Se queremos "vencer" os políticos, temos então de ser capazes de ganhar no terreno deles...
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