domingo, 21 de fevereiro de 2010

Risco de privatização



Nos últimos anos, temos sido confrontados com uma política de segurança pouco clara para os cidadãos.


A falta de estratégia ou objectividade na explicação desta política, por parte deste Governo, leva à sensação de que apenas reage aos factos consumados, com a criação de equipas, que agora até são mistas, para todo e qualquer crime mais mediatizado. Com o aumento de alguns tipos de crime e, consequentemente, do sentimento de insegurança, o Governo tem de decidir quais as suas prioridades.
As dificuldades com que as Polícias se debatem levam a um aumento das solicitações às empresas da segurança privada que, ano após ano, vêem as suas áreas de competência aumentar, desvirtuando a responsabilidade do Estado na garantia da segurança dos cidadãos. Em 2008, comparando o orçamento da PSP com os lucros das empresas de segurança privada, percebemos a relevância que estas passaram a ter numa área basilar para o funcionamento de um Estado Democrático.
Estes factos ajudam a perceber notícias que vieram a público, onde as empresas da área já reivindicavam a actuação em áreas exclusivas das Polícias e mesmo a utilização de armas de fogo. A privatização da segurança pública é um risco ao qual nenhum Governo pode sujeitar o País.

20-02-2010

1 comentário:

Anónimo disse...

Não é por acaso que estas empresas são lideradas ou assessoradas por elementos que tiveram altos cargos militares e policiais (o que não deveria ser permitido). Parece que há determinadas situações que estão a acontecer com o propósito de revelar que as forças de segurança não tem capacidade de resolver o que lhe compete, sendo necessário o recurso á segurança privada. Sem dúvida que a continuarmos por este caminho a segurança do nosso país irá ser cada vez mais privatizada. São os interesses económicos a falar. Quem sabe se ainda vamos ver na capa do sol daqui a uns tempos mais um polvo relacionado com a segurança…